EU MORRI |
"O amor rompe fronteiras? Até que ponto alguém pode ir para ficar perto da pessoa amada, tentar protegê-la ou mesmo consolá-la em um momento difícil? Será que mesmo no Além o amor pode transpassar a barreira da impossibilidade?" O relato a seguir é sobre um desses acontecimentos! ================================================================================= Meu nome é Marly, e eu acompanho o site Além da Imaginação Home Page já à algum tempo, e sempre fico perplexa com os relatos publicados, os quais mostram através dos testemunhos de diversas pessoas os fatos sobrenaturais que acontecem em nosso mundo. Após muito pensar, resolvi contar o incrível fato que aconteceu comigo à alguns anos, e que me marcou para sempre, mudando minha vida e a minha forma de pensar. Hoje eu acredito realmente, como diz no site, de que "Nós Não Estamos Sozinhos"! A seguir está o o meu relato, o qual é completamente verdadeiro, apesar de muitos duvidarem. ================================================================================= Era o ano de 2003. Eu e meu marido Gustavo, morávamos em São Paulo, sendo que ele trabalhava com sistemas de informática, e eu com recursos humanos em uma grande empresa multinacional. Nós havíamos nos casado fazia 5 anos, e não tínhamos filhos por opção nossa. Sempre viajávamos nos feriados e nas férias, e tínhamos uma vida gostosa e confortável. Meu marido gostava muito de aventuras radicais, e de motociclismo, por isso ele tinha seu carro e uma moto Honda 900 cilindradas, que ele adorava. As vezes nós viajávamos de moto para algum lugar no interior só para, como dizia ele, curtir a estrada. Devido à exigências da minha empresa, em alguns fins de semana eu tinha que trabalhar para resolver alguns problemas pendentes que sobraram da semana. Eu ficava preocupada, mas já havia me acostumado com o seu gosto. Podia fazer o que, a não ser aceitar o seu passa tempo. Tudo corria normalmente, até que um certo dia fui convocada para trabalhar no final de semana próximo. Chegando o sábado, Gustavo acordou antes de mim, preparou o café e a mesa, aliás bem caprichado, se despediu e saiu com sua moto para a viagem. Em seguida eu peguei meu carro e fui para o trabalho, começando um expediente que seria diferente de todos que eu já tive. Eu não sabia o que me esperava no decorrer daquele dia, e que os acontecimentos mudariam toda a minha vida e a forma como pensar, tanto sobre nossa existência, como também sobre os mistérios do nosso mundo. O tempo passou e estava estranhando que o Gustavo não havia me ligado dizendo onde estava, pois ele sempre fazia isso. Mas pensei que talvez onde ele estivesse não houvesse sinal de celular ou algo assim. Então eu disse: - É você Gustavo? Que brincadeira idiota. E então a voz respondeu: - Desculpe Marly, não foi minha culpa, foi o caminhão. Um dia nos veremos. Sempre te amarei. E a ligação caiu. Eu não sabia como reagir. Gelei, tremia, comecei a chorar e quase desmaiei. Minha amiga Sabrina que estava comigo perguntou o que aconteceu, e eu contei meio gaguejando. Então liguei de volta no seu celular, e nada. Caixa postal. O pãnico aumentava cada vez mais em mim. O tempo passava e nada. Para minha surpresa, do outro lado da linha quem falava se dizia ser da Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo. - Desculpe senhora em lhe informar que o seu marido sofreu um acidente na rodovia SP 360 e está no Hospital de Campinas. Solicitamos que a senhora venha para cá o mais rápido possível. Eu desabei naquele momento. Não sabia o que fazer. Não tinha condições de nada. Chegando em Campinas foi fácil encontrar o hospital. Adentrando no hospital, fomos recepcionados por um Capitão da Polícia Rodoviária e por um Médico muito atencioso. Então perguntei sobre o meu marido. "Como está Gustavo", perguntei eu! Então para minha completa tristeza, desconsolo e espanto, o médico me disse que Gustavo, meu amado marido havia chegado em óbito no hospital, e que não puderam fazer nada. Nesse momento desmaiei. Apaguei. Acordei algum tempo depois em uma maca com Sabrina e Raul ao meu lado. Então o policial me contou que o meu marido Gustavo estava com sua moto na rodovia SP 360, quando em uma curva colidiu violentamente com um caminhão que estava ultrapassando um outro na pista contrária. Então pensei: "Mas como? Então quem me ligou? Quem estava com o celular do Gustavo?" Passado algum tempo meus pais chegaram e foram fazer os preparativos para translado do corpo e o que mais seria necessário. Passados alguns dias, Sabrina minha amiga foi à minha casa fazer uma visita e entregar algo. Ela me disse que era algo desagradável, mas que era para mim. Em uma caixa estavam os últimos pertences de Gustavo quando chegou no Hospital. Só que para meu espanto, o seu celular estava todo quebrado. Completamente danificado. Inclusive o chip estava quebrado. O tempo passou. Eu nunca mais fui a mesma. Me mudei e hoje eu moro em Los Angeles (EUA), onde trabalho em uma empresa de Telecomunicações. Tenho comigo aquela voz na ligação dizendo: "Marly, meu amor, Eu Morri!" e "Desculpe Marly, não foi minha culpa, foi o caminhão. Um dia nos veremos. Sempre te amarei." Era a voz do meu querido Gustavo, eu tenho certeza. Sei que minha vida mudou, mas tenho Gustavo no meu coração, e nunca me esquecerei desse acontecimento que transformou minha vida, e fico apenas esperando o dia em nos encontraremos novamente. Gustavo: Te amo e sempre te amarei.
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